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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

EDGARD REZENDE

 

 

EDGARD REZENDE nasceu no Belém. Capital do Estado do Pará aos 6 de março de 1918. Datiloscopista no serviço público federal. Perito gráfico. Fundador, ex-chefe de seção por vários anos e atual Diretor do Serviço de Identificação da Aeronáutica.

Prosador e poeta, jornalista, ex-redator do antigo matutino "A Tribuna" e de "Vida Nova", nesta última tendo criado e dirigido a seção "Incentivando Valores Novos". Colaborador de jornais e revistas da Capital e do interior, pertence a algumas instituições de cultura, entre as quais a Academia Fluminense de Letras, de que é delegado vitalício junto à Federação das Academias de Letras do Brasil. Ex-redator da "Revista das Academias de Letras", órgão oficial desta última instituição. Pertence, igualmente, ao Centro Carioca, de cujo Conselho Deliberativo faz parte. Ainda na qualidade de jornalista, serviu credenciado junto ao Gabinete do Ministro da Aeronáutica. Reviu e atualizou as 5.a e 6." edições da antologia poética "Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros" (l.a série), de autoria de Alberto de Oliveira.

 

Bibliografia: — "Araçá", contos e crónicas. Rio, 1940, esg.; "Os Mais Belos Sonetos Brasileiros", florilégio, Rio, l.a ed., 1945 , 2.a, 1947, 3.a, 1956; "O Brasil que os Poetas Cantam", Rio. 1946, 2.a ed., a presente; "Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros", 2 a série (1932 a 1950). Rio, 1950, esg. "Poesias", separata do vol. X (novembro de 1956) da Revista da Academia Fluminense de Letras. No prelo: "Poeira de Estrêlas" (poesias, incluindo "Festa da Poesia" e "Feixe de Rimas"). Em preparo: "Maravilhas do Soneto Brasileiro" (l.a e 2.a séries); As Mais Belas Páginas da Prosa Brasileira"; "Pequeno Dicionário Bio-bibliográfico Brasileiro"; "Dicionário do Idioma Pátrio" e "Redação Oficial", os dois últi¬mos, de colaboração com o professor e filólogo Modesto de Abreu.

 

 

 

REZENDE, EdgardO Brasil que os poetas cantam.  2ª ed. revista e comentada.  Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1958.  460 p.  15 x 23 cm. Capa dura.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

GIGANTE   DE PEDRA

 

ó gigante que dormes ao relento,

Embalado nos braços do Cruzeiro,

Motivo de painel que esbate o vento

Com o oiro do sol e o cinza do nevoeiro :

Feliz, tudo me enleva quando atento

Em ti, que maravilhas a estrangeiro.

Não sei que de ânsias sinto em tal momento,

A que emoções o corpo tremo, inteiro.

Símbolo augusto, monumento de arte

— Tens tanta majestade e glória tanta —

Do sono pétreo — como despertar-te?

Sonho róseo que sonha a manhã clara,

Es um verso do canto que decanta

A Beleza imortal da Guanabara!

 

                   ("Poeira de Estrêlas")

 

 

 

ALVORADA

 

Que de imensas alegrias,

Que de tamanhos amores

Há no alvorecer dos dias!

Nas luzes, que de harmonias,

Em tudo, que de esplendores!

 

Na verde e pomposa mata

Orquestras de passarinhos

Ensaiam qualquer sonata,

Ou trechos da Traviata,

Nos anfiteatros dos ninhos.

O orvalho do céu caindo,

As folhas chorando orvalho,

As flores todas se abrindo,

A Natureza sorrindo

Ao despertar do trabalho!

Manhã bem cedo, a Cidade,

No seu labor incipiente

Tem guizos de alacridade,

Ressumbra vitalidade,

Mexendo, fundo, com a gente.

A festa da Natureza

Num novo dia de lida

É de uma grande beleza.

Traz-me, entanto, esta certeza:

Que tendes, alma iludida

Mais um dia de tristezaMenos um dia de vida.

 

                            ("Poeira de Estrêlas")

 

 

 

AVE, NATURA!

 

Empolga-me a beleza dos caminhos!

Se a gente olhar o céu, as ribanceiras,

Embora sob o peso das canseiras

Há de sentir-se isento dos espinhos!

Casar da melodia das cachoeiras

A música de córregos vizinhos!...

Amavios sem fim dos passarinhos

Amando na folhagem das palmeiras...

Sinfonia de extática beleza!

Que esplendores na mata, virgem, densa,

Que de seiva transborda a Natureza!

 

Quem me dera, Senhor! correr num leito

A devassar, altivo, a terra extensa,

Tornado rio, o corpo liquefeito!

                   ("Poeira de Estrêlas")

 

 

SÃO JOÃO

 

Junho. No céu nenhum balão cintila.

A mística dos fogos é bem pouca...

Nas cousas, incontida, uma ânsia louca,

E em tudo, este silêncio que aniquila...

Quando em quando, bucólico, sibila

O foguete de um beijo em tua boca.

                   ("Poeira de Estrêlas")

 

 

 

ÁRVORES

 

A árvore amiga é sempre mais amiga

Se no próprio quintal nasce e viceja.

Se ela viveu conosco, se ela abriga

Uma saudade, uma ilusão que seja.

Se ela, serena, assiste à insana briga

Da Natura, que os raios lhe despeja,

E em troca dá-nos frutos, por que siga

Os destinos de paz que tanto almeja.

.. .Naquele amado e místico recanto...

Sim, a felicidade ficou lá

— E aqui minha alma se desfaz em pranto!...

 

Foi no Belém do meu... do meu Pará

Que deixei o meu pai — herói e santo —

E a minha árvore amiga do Araçá!...

                   ("Poeira de Estrêlas")

 

 

 

HINO DA JUVENTUDE BRASILEIRA

 

Juventude és da Pátria a esperança,

Alicerce de um grande porvir;

O teu nome nos traz à lembrança

Um destino de intenso fulgir.

 Juventude és o canto de glória

Que o Brasil tem no seu coração.

És a Fé, — certidão da vitória,

És a Luz de uma grande Nação.

Juventude Brasileira

És, da Pátria, o céu de anil.

Avante! Sempre altaneira

Juventude do Brasil.

Educada no amor da verdade,

No regime da crença e da paz,

Geração que traduz mocidade

E presente o futuro nos faz:

Tens, de tudo a energia moldada

No dever, nas ações varonis.

Juventude, ao trabalho votada,

És a corda vital do país.

Juventude Brasileira

És, da Pátria, o céu de anil.

Avante! Sempre altaneira

Juventude do Brasil.

         ("Poeira de Estrêlas")

 

 

Mais poemas de EDGAR REZENDE enviados por Salomão Sousa:

 

 

ÊXTASE

Se eu pudesse falar, eu te diria
entre outras coisas, que te adoro tanto,
que são teus olhos todo o meu encanto,
a beleza, o clarão do próprio dia;

que és no meu céu a nuvem de alegria
a força animadora do meu canto,
a luz que as minhas noites alumia,
o lenço que me enxuga o eterno pranto!

Se eu pudesse falar (vencido o medo
e, certo, nos teus olhos de veludo
lendo que para tal não era cedo)

muito mais te diria, talvez tudo:
- se não me transformasse num rochedo,
- se te fitando eu não ficasse mudo...

 

ÁRVORES 

 

A árvore amiga é sempre mais amiga 

Se no próprio quintal nasce e viceja. 

Se ela viveu conosco, se ela abriga 

Uma saudade, uma ilusão que seja. 

 

Se ela, serena, assiste à insana briga 

Da Natura, que os raios lhe despeja, 

E em troca dá-nos frutos, por que siga 

Os destinos de paz que tanto almeja. ...

 

Naquele amado e místico recanto... 

Sim, a felicidade ficou lá – 

E aqui a minha alma se desfaz em pranto!...

 

 Foi em Belém do meu... do meu Pará 

Que deixei o meu pai – herói e santo – 

E a minha árvore amiga do Araçá!...

 

 

 

                                      Amo!

Edgard Rezende

Amo!
Aflito, 
A esse grito 
Todo me inflamo! 
Amo a natureza, 
O Canto, a Liberdade, 
Essa expressão de Tristeza 
Que existe no termo - Saudade. 
Amo o Puro, o Singelo, a Beleza 
Que há nas Coisas e delas se irradia; 
A Dor, essa Dor que é Poesia e é Lamento, 
Tudo mais que a Razão traz ao Conhecimento; 
A Luz, a Alacridade, a Lágrima que é Poesia... 
A Jesus, que sofreu pelos Homens na Terra, 
A Voz que é Pureza, e Bondade, e Ternura, 
A profunda Lição que a Cruz encerra! 
Toda Fonte, que mata a secura... 
Amo a Atitude delicada, 
A Verdade esclarecida, 
O raiar da Alvorada, 
O Ocaso da vida... 
Amo, repito, 
Teimo, exclamo 
E grito: 
- Amo!


"Poeira de Estrelas"

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019


 

 

 
 
 
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